top of page
bad09b_6c63584f785b469b9e406bf291c48041~mv2 (1).webp

Em seu processo criativo, Nara recolhe as redes, lavando-as somente com água e sabão; o tingimento paulatino, que pode demorar  meses ou até mesmo anos, é feito com pigmentos naturais, como casca de cebola, erva-mate, cúrcuma, vinagre e terra. Na  sequência, adotando a costura manual e o enrolamento de fios e redes, a partir de arames galvanizados igualmente recolhidos como  refugo, ela cria estruturas orgânicas e polimorfas, em diálogo com formas da natureza. 

Inéditas, as obras em exibição assinalam o amadurecimento poético da artista e encontram, neste espaço, um invulgar acolhimento. Afinal, na casa que honra o poeta, temos o jardim que homenageia o agrônomo e ecologista José Lutzenberger (1926–2002), incansável em sua luta pela preservação do meio ambiente. Assim como Nara Guichon.

 

Paula Ramos

Crítica e historiadora da arte, professora do Instituto de Artes da UFRGS

bottom of page